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NOTÍCIAS ALINE WIRLEY

Aline Wirley fala sobre chegada aos 40 e criação do filho sem imposições de gênero

A cantora diz que mudou a forma como se vê, fala sobre os desafios do isolamento e conta como ela e o marido, o ator Igor Rickli, criam o filho com liberdade e sem tabus. “Em casa não existe ‘isso é para menino', 'isso é para menina’", diz. "Olhamos para o Antônio como um ser humano"




Como tantas mães no último um ano e meio, Aline Wirley precisou aprender a lidar com um desafio na pandemia: ajudar o filho, Antônio, no início de sua vida escolar, privado da companhia de outras crianças em meio ao isolamento. Junte-se aí as próprias incertezas com o momento do mundo, uma certa ansiedade com a chegada aos 40 anos - que ela completa em dezembro - e muito diálogo com o marido, o ator Igor Rickli, para fortalecerem dia a dia a relação.


“Não dá para romantizar a pandemia, mas ela exigiu que olhássemos para as relações que temos com o outro, consigo mesmo, até com a nossa casa, se era um lugar para ir dormir ou onde realmente a gente se estabelece, tem paz", diz Aline à Marie Claire. "Todo mundo repensou a vida", acredita.

Enquanto índices de divórcios explodiam, Aline conta que ela e Igor, juntos desde 2010, se mantiveram “mais unidos do que nunca". "A gente se fortaleceu. Claro que cada um deu uma surtada num certo momento, mas a gente é muito amigo, somos muitos francos, conversamos muito, escutamos muito um ao outro", afirma. "Todo mundo se questionou, questionou a fé na vida, no outro, no planeta. Foi delicado, mas estamos mais felizes do que nunca.”


Antônio, que completa 7 anos no próximo dia 26, demandou boa parte de sua atenção. “Não foi fácil. No começo ele achou que estava de férias. Depois, aos poucos foi entendendo a gravidade da situação”, conta sobre o filho, que começou a primeira série do ensino fundamental em casa. “É um momento especial da vida dele no meio de uma pandemia que nem a gente sabe lidar. Às vezes ele dribla melhor algumas situações emocionais, apesar de ter feito falta estar com outras crianças, porque nem sempre pai e mãe são o suficiente. Sei que teve um impacto, mas hoje vejo que ele entendeu de maneira saudável. Estou tentando olhar daqui para a frente.”



A criação de Antônio, Aline conta, é sem tabus. Em julho, Igor mostrou nos Stories uma visita da família a um salão de beleza no qual pai e filho brincaram de pintar as unhas e chamou atenção de fãs. “Aqui em casa não existe ‘isso é para menino', 'isso é para menina’. A gente cria o Antônio para ele ter a liberdade de ser quem ele quer ser", explica.


"E não é fácil porque nem sempre a educação que ele tem em casa é o que ele vê lá fora. É difícil quebrar paradigmas, mas como mãe e pai, nós olhamos para o Antônio como um ser humano, e queremos que ele seja feliz e pleno do jeito que ele quiser ser", continua a artista. "O Antônio usa bolsa, escolhe tênis rosa, pinta as unhas e não são questões para ele, nem pensa sobre isso”.


Em dezembro, Aline completa 40 anos. “Minha vaidade está mudando de cara”, afirma. “Estou mais tranquila com quem eu sou, gosto de quem me tornei. Gosto de estar bonita, mas a realidade é que tenho filho, casa, conta pra pagar. A vida acontece e a vaidade vem pra somar, mas não é o ponto principal de quem eu sou”, defende.


Lidar com a nova idade ou com sua autoimagem, ela admite, nem sempre foi simples. “Sou bem ansiosa, então comecei a sofrer com os 40 há dois anos", confessa. "Você começa a pensar na vida, mas eu olho pra minha história e sei que joguei o jogo direitinho, então penso na próxima fase, o que eu ainda tenho pra sonhar, o que posso fazer por mim, por quem eu amo. Me olho de outro jeito, a maturidade é uma benção. Estou curtindo.”


Após o período de isolamento imposto pela covid-19, Aline está começando a retomar os trabalhos. A cantora, que integrou o fenômeno Rouge, está em preparação de seu novo álbum e recentemente entrou em estúdio para outra missão - dar voz à cadelinha Liberty na animação Patrulha Canina: o filme, em cartaz nos cinemas.




Em 2022, aliás, virá outro aniversário bastante simbólico: o Rouge completa 20 anos de sua formação, com as vencedoras do reality show Popstar, disputado por 30 mil candidatas. “Rouge ajudou uma geração a contar sua história, é trilha sonora da vida das pessoas. Quando a fanbase pergunta como vai ser os 20 anos, a gente tem que parar e ouvir", defende ela.


Não é só sobre nós cinco, é sobre muita gente. Não sei se vamos voltar, mas posso dizer que vamos parar e tentar entender o que podemos fazer para celebrar. Admitindo que estamos em lugares diferentes, que somos mulheres diferentes, mas temos esse propósito”, diz sobre as outras quatro ex-integrantes do grupo, Luciana Andrade, Fantine Thó, Karin Hills e Lissah Martins. "Se não fosse o Rouge eu não estaria aqui. “


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